Para realizar suas operações, em criptomoedas, é fundamental saber escolher por onde (exchange), mas também saber o que negociar (códigos).
Repare que os temas tratados daqui em diante são muito básicos e, desconhecê-los, irá demonstrar que você ainda não esta pronto para realizar trades e investimentos nessa Categoria. Não é apenas saber onde, quando e como comprar, é obrigatório saber o funcionamento dos mercados, independente de qual seja, para não ser surpreendido com algo totalmente natural, sem saber lidar com estes momentos, potencializando os prejuízos ao invés dos lucros.
Exchanges
Atualmente, a com maior número de códigos, modalidades e paridades, liquidez (importantíssimo) acessível ao brasileiro, é a exchange @binance, mas você também pode utilizar para suas operações as corretoras nacionais @mercadobitcoin, @braziliex, @coinext dentre outras.
A abertura das contas, em qualquer uma delas, é bastante simples, intuitiva e rápida, no qual basta um PIX, após a conclusão, para iniciar seus investimentos nesta Categoria de ativos.
Tal facilidade, realmente é um problema para o leigo. Afinal, sem saber de fato como fazer, escolhe a cripto da moda e bora ver o que vai dar.
Como nas corretoras de ações, aqui no Brasil, você deve escolher a exchange mais sólida, com melhor atendimento, oferta de produtos e estabilidade na infraestrutura.
Afinal, deve nada adianta olhar apenas o custo e, na hora que precisar destes itens, não ter alternativas, suporte ou tranquilidade. Já temos todo o trabalho para analisar, selecionar e gerir nossos investimentos, já pensou ainda ter que ficar preocupado se sua ordem vai ser executada da maneira que deveria? Se na hora de um stop não ter como acessar sua conta? O barato pode sair caro, e para quem investe em ações por qualquer lugar, já sabe dessa dor de cabeça.
Mas diferente das corretoras de ações, no qual ela é apenas uma intermediária e todas as negociações estão ocorrendo no mesmo local, na exchange é diferente. Cada uma delas é o seu próprio mercado. Isso significa que ali apenas estão negociando os clientes da corretora e, com isso, se você escolher uma exchange pequena, logicamente os spreads serão altíssimos, não haverá liquidez, os movimentos terão mais ruídos e você terá menos alternativas de códigos para investir.
O que conta aqui é o conjunto, não a unidade. Busque informações da que você deseja utilizar, veja as reclamações e como a corretora se comporta com elas (mas saiba interpretá-las, muitos abrem reclamações mas é porque não sabem mexer e jogam a culpa nelas).
Como não possuí custo para abrir e manter a conta na exchange, teste as alternativas e foque na que melhor se adeque às suas necessidades.
Códigos

Tantos códigos para a mesma moeda e cada uma com um volume, cotação, variação, volatilidade, momento e histórico diferente!
Qual escolher?
Primeiro, vamos entender que a paridade nada mais é que a contraparte na sua operação, a troca que será feita. Por exemplo, quando você compra ações na bolsa, você entrega dinheiro (que no caso é o real e abreviado se chama BRL) e recebe ações da empresa (que pode ser PETR4, por exemplo).
Quando você compra pão na padaria, você também entrega BRL e recebe pão. A troca foi feita correto?
Se colocássemos os dois exemplos em código, seria BRL/PETR4 e BRL/PÃO, respectivamente.
Mas porque temos cotações diferentes para uma mesma moeda? Simples, isso é por conta paridade, ou seja, PETR4 em BRL vale 24,00, mas em USD (que é o dólar) vai valer 4,24, já que cada dólar está R$ 5,65. E como cada um destes códigos possuem as próprias ofertas, demandas e negociações, nosso papel agora é avaliar qual possui maior liquidez, tornando as operações mais seguras e com menor presença de ruídos.
Logicamente, tratando-se de um mercado a nível mundial, é mais do que esperado que os códigos com paridade em dólar (USD) se tornem os com maiores atratividade.
Mas o dólar em si, não é uma moeda digital correto?
Para resolver essa questão, utilizamos a paridade USDT. Uma moeda digital (stablecoin) desenvolvida para que sempre passe a valer $1 USD, refletindo exatamente que para cada USDT negociado, represente um dólar americano.
Embora seja uma das paridades mais utilizadas, você também irá encontrar diversas outras, mas se atente à liquidez, volume financeiro e números de negócios, já que devido à agressões ao book, podemos ter o mesmo ativo cotando, mesmo que momentaneamente, diferentes valores mesmo os convertendo.
Pense no seguinte cenário.
Você investiu R$ 150.000 no ativo com maior liquidez, volume e negociações, febre nas redes e grupo de discussões em tudo o mundo. O Bitcoin, ou o mesmo que BTC, escolhendo a paridade BRL para essa aquisição e, com o BTC valendo R$ 290.000, obteve 0.517241 BTC buscando realizar uma operação de giro rápido, cujo o limite máximo de risco nesse investimento você determinou sendo de 5%.
Dito isso, se o preço cair abaixo de R$ 275.500 você irá sair, pois extrapolaria a tolerância para o investimento que você fez, passando a ser uma mera aposta que ele volte a subir, limitando as perdas em R$ 7.500.
Só que um detalhe importante fez com que você saísse dessa operação.

O preço começou a oscilar e cair contra a sua entrada, cotando em R$ 287.000 no momento e, ainda precisa cair 4% para atingir seu limite de perda. Mas essa queda inicial de quase 10% fez com que diversos investidores, que estavam posicionados em BTCBRL, decidissem sair das suas posições (ou reduzi-las), gerando um fluxo forte de vendas nesse código.
Devido a um book de compras de menor liquidez, expondo a sua fragilidade, essa agressão fez com o preço caísse repentinamente 8%, acionando seu limite de perdas, saindo da operação às R$ 269.000 (2.35% abaixo do que você previa sair).
Agora, observe o mesmo momento no par BTCUSDT, que possui maior liquidez, volume e negociações. Não ocorreu tal oscilação de forma expressiva, justamente que para que isso ocorresse neste código seriam necessárias agressões de vendas muito mais fortes, já que sua liquidez é expressiva.

Por fim compare a formação dos movimentos dos dois gráficos, principalmente após a ocorrência deste forte fluxo vendedor em BTCBRL. O preço, quando voltou a subir, também foi bem acima do seu par BTCUSDT, devido à escassez do book, para depois sim seus movimentos voltarem a ficar similares.
O gráfico dos dois são parecidos, mas as negociações e movimentos não são iguais.
Logo, nada impede de você realizar as operações em BRL, mas tenha em mente que o risco pode ser ligeiramente maior, já que não tem tanta atratividade quando ao seu par maior.
Até breve!!!
Perdeu o artigo #3 desta série?
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